Existem vários estudos que relacionam a posição incorreta da mandíbula a sintomas de dor de ouvido, labirintite, doenças respiratórias e até depressão, incluindo aí problemas de aprendizado, ronco, insônia, alteração no sistema nervoso central, dores musculares, entre outras enfermidades.

A cirurgiã-dentista especializada em Ortodontia e tratamentos de disfunções orofaciais, Adriana Bonfim, pontua que, quando surgem, essas doenças precisam ser mais bem investigadas, o que inclui um diagnóstico do dentista. “Com investigações inconclusivas, há o risco de se tratar apenas os sintomas”, pondera.

A especialista explica que a mastigação reflete na respiração, na visão, na audição, nos músculos, no sistema nervoso central (SNC) e na articulação temporomandibular (ATM). “Temos 230 articulações no nosso corpo e a mais complexa é a ATM”, destaca Adriana.

Essa visão da odontologia se encaixa em novos conceitos que existem hoje para o tratamento dentário que vão além de cáries, canais, entre outros problemas da região de mastigação.

Ela explica que os dentes nascem para estabilizar a posição correta do maxilar inferior e se a mandíbula está numa posição errada é preciso corrigir primeiro esta alteração, e não só tratar os sintomas.

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Adaptado de: Diário Indústria & Comércio, 13/05/2019